Agrupamento de Escolas da Ericeira

“OS SONS DA SOPA” ou como “olhar para as coisas de outra forma”

Na semana seguinte a 16 de outubro comemorou-se o Dia Mundial da Alimentação, mas o mês é rico em datas comemorativas, uma oportunidade para desenvolver atividades de articulação de diferentes áreas: construção de instrumentos musicais com legumes e vegetais, confeção de um creme de legumes e vegetais e degustação da sopa, servida pelos alunos do CEF.

A turma de CEF – Restaurante /Bar e outras turmas foram ao Refeitório fazer experiências de leitura, sopa e música. Houve leitura de excertos de livros relacionados com as efemérides do mês: Dia do Professor, Dia da Música, Dia da Alimentação, Dia do Animal, Implementação da República e Mês das Bibliotecas Escolares.

Os alunos gostaram muito e até ficaram impressionados com a possibilidade de um vegetal ter som, como um instrumento musical. O Lucas Bento, do 5ºF, partilhou que “a turma executou uma atividade acompanhada pela professora Ana Paula Correia. A atividade consistiu em irmos para o refeitório, onde se encontrava uma outra professora com vários legumes. Ela perguntou-nos se costumávamos comer sopa e quais as nossas sopas preferidas. A professora interagiu connosco, chamando alguns voluntários que iam até ela mexer, identificar e produzir sons com o legume que escolhiam. Ouvimos um ruído forte e falámos sobre a poluição sonora. E também sobre como podemos imaginar as coisas de outra forma, por exemplo, uma abóbora como uma moeda ou de cor azul. A seguir, a professora começou a fazer uma sopa com esses legumes. Enquanto isso, nós íamos a uma prateleira buscar uns livros. Cada aluno ficava com um livro. Desse livro, cada aluno escolhia a sua frase preferida e lia-a para todos. Entretanto a sopa ficou pronta e pediram-nos para fazermos duas filas em frente a uma mesa. Serviram a sopa para umas chávenas e foram distribuindo. Quando provámos a sopa, estava ótima, na maioria das opiniões. Várias pessoas repetiram. Eu gostei bastante desta atividade porque foi inovadora, permitiu o contacto com vários alimentos e permitiu-nos aprender muitas coisas. Vou olhar para as coisas de outra forma.”

A sua colega Emília Santos também testemunhou na aula: “O que se passou na atividade foi que a professora Mónica disse para escolhermos um legume para vermos qual o cheiro e qual o som. O professor de violino fez uma flauta de cenoura e para fazer a flauta usou um parafusador e uma faca, depois experimentou o som. Fiquei impressionada porque, afinal de contas, fazia o mesmo som de uma flauta. Depois um violino, mas o violino era um alho francês normal e fazia um som muito giro.”

Segundo a professora Mónica Martins, coorganizadora da iniciativa, a variedade de efemérides “leva-nos a aproveitar as mesmas para as comemorar, despertando nos nossos alunos os sentidos naturais e levando-os a explorar e a conhecer melhor o que os rodeia.” A atividade foi inspirada na Orquestra de Legumes e Verduras de Viena (em performance desde 1998). Será publicado um pequeno filme editado a partir de imagens captadas durante estas experiências.


(Com a colaboração do aluno Emil Garneau, 7º D)


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